O Movimento LGBT do Partido Socialista Brasileiro (PSB) realizou, nesta sexta-feira (27), a II Plenária Nacional. Durante o evento aconteceu a votação para eleger a nova Executiva Nacional do segmento. A chapa “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é” foi a vencedora, com 32 votos, contra 13 da concorrente e uma abstenção.
Em documento distribuído durante a reunião, a chapa apresentou as suas propostas, entre elas: fortalecer a interiorização do segmento; ampliar e difundir mais as campanhas de filiação ao PSB e de cadastro no LGBT Socialista; e fortalecer o segmento em estados estratégicos, com grande população e reivindicar dos dirigentes locais maior atenção ao movimento.
Otávio de Oliveira, de Alagoas (AL), será o próximo secretário Nacional LGBT. A partir de 2015, ele será o responsável por conduzir os trabalhos em torno do segmento. Para ele, estar no movimento LGBT socialista é um sonho. “Estar hoje aqui e trabalhar as políticas para além das cadeiras do partido é uma grande satisfação e é uma responsabilidade enorme”, disse.
Em um ano de eleição que o PSB terá a candidatura de Eduardo Campos à Presidência e Marina Silva como vice, Otávio afirmou que o compromisso é ainda maior. “Junto com Eduardo e Marina, nós temos que propor as políticas públicas LGBT que o Brasil precisa, como o reconhecimento de direitos e de pessoas como cidadãos de direito.”
De acordo com o futuro secretário, também é importante ampliar a área de atuação do segmento. “Queremos levar esse o movimento para além do partido, vamos ocupar espaços e bandeiras de lutas dentro das associações e fóruns nacionais de política LGBT”, explicou.
O atual secretário Nacional, Luciano Freitas, reconheceu que muitas coisas mudaram desde que o movimento passou a ter um segmento no Partido, em 2011. Contudo, ele admitiu que muitas coisas precisam melhorar. “Para o movimento LGBT hoje, a maior dificuldade é articular cada vez mais as políticas voltadas para esse segmento, temos desafios enormes no que diz respeito ao enfrentamento da homofobia”, contou.
Para o secretário estadual LGBT do Rio Grande do Norte (RN), Edílson Pereira, o segmento é uma comunidade bem conceituada, mas ele ainda cobrou maior engajamento político pela causa. “Esperamos que aconteçam mais políticas públicas voltadas ao tema, que a lei contra a homofobia aconteça de fato e de direito e saia do papel, por que nesse país, a cada 45 minutos um homossexual é assassinado”, destacou.
A deputada federal Janete Capiberibe (PSB-AP) compareceu à Plenária para apoiar o movimento. Ela considera importante o segmento se reunir para tratar sobre as suas necessidades. “É necessário um momento como esse, de discussão, para que eles levem o debate para todas as esferas a necessidade da manutenção dos direitos humanos desse segmento na nossa sociedade.”
Fonte: PSB