Setembro é o mês da visilbilidade Bissexual. Mas apesar de uma data dedicada, às pessoas bissexuais ainda precisam lutar pela sua bandeira, principalmente para combater todas as formas de bifobia. A bissexualidade é uma orientação sexual que se dá pela capacidade de relacionar-se com ambos os sexos, tendo ligações amorosas, sentimentais e sexuais em uma mesma intensidade, não necessariamente simultâneas, como em todas as relações afetivas. É preciso entender: as pessoas bissexuais não estão confusas ou indecisas.
Muitos atribuem a questão da bissexualidade como uma “fase”, tendo grande dificuldade e compreender que essa natureza independe da vontade. Trata-se de uma orientação sexual bem comum, mas muito pouco discutida até mesmo pelos movimentos LGBT.
Os bissexuais enfrentam muitos preconceitos de uma sociedade hipócrita, onde são estereotipados como homens “enrustidos” ou mulheres “hipersexualizadas”. Eles têm desejos legítimos e, apesar das pressões da lógica binária, não são obrigadas a “assumir um lado” – gay ou hétero – em algum momento da vida.
O fato de as pessoas fugirem da lógica monossexual não as faz imperfeitas, incompletas, imaturas ou infiéis. A sociedade e as esferas públicas têm o dever de viabilizar a bissexualidade, acolhendo e respeitando sua legitimidade. A luta é para que ninguém seja obrigado a ser “A”, “B” ou “C”. Não somos rótulos ou caixas, temos desconformidades e possibilidades de mudanças. Ser bissexual é sobre poder amar sem amarras.
Por: Carlos Santiago Buavas