Após intenso debate na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal entre senadores e senadoras e a ministra da Mulher, da Família e Direitos Humanos, Damares Alves, nesta quinta-feira, 21, pela primeira vez a mesma não virou chacota nacional como tem acontecido ultimamente, dado o caráter folclórico de suas declarações que em várias ocasiões levou o governo ao deboche como fez em várias situações.
Desta vez a ministra foi policiada pelo próprio governo que a assessorou e a fez levar assessores que muitas vezes o substituíam para falar por ela e não deixa-la “falar besteira” segundo avaliação de jornalistas que acompanhavam o debate.
A audiência pública foi marcada com antecedência mas tudo pareceu armado para que a mesma não fosse sabatinada nas questões mais cruciais e problemáticas que deixam o governo na defensiva conforme declarações de alguns senadores.
Presidida pela Senador Paulo Paim, PT\RS e com diversas intervenções dos senadores e senadoras presentes, apesar da ministra ter levado uma claque para apoia-la a mesma foi defendida pelos senadores governistas, mas duramente questionada pela oposição.
O principal destaque foi a participação da Senadora Leila Barros, PSB\DF, que ao perceber a armação do circo para uma apresentação da ministra na sua exposição a questionou de forma respeitosa, mas contundente e firme ao ponto de despertar uma reação da claque da ministra.
Leila Barros indagou sobre o posicionamento de Damares Alves de como iria se comportar considerando suas declarações folclóricas quando mistura política e religião. Mostrando que estas duas concepções não podem se misturar sob pena de criar um fosso ideológico fundamentalista e uma política de ódio o debate chamou a atenção do publico. Deixando a ministra na defensiva e despertando então uma reação dos grupos de extrema-direita contra
sua pessoa nas redes sociais sem qualquer conteúdo político, os ataques provocaram de imediato uma solidariedade popular a nível nacional á senadora socialista por parte de milhares de internautas, de norte a sul do país, tanto de militância política como outros sem qualquer concepção de caráter ideológico.
Após o debate que mostrou exatamente dois campos opostos e duas concepções diferentes de mundo; uma humanista, tolerante e de respeito aos direitos humanos, liderada pela Senadora do PSB, Leila Barros, e outra marcada pela intolerância, o preconceito e a defesa dos interesses de uma Direita raivosa, puxada pela ministra Damares Alves, o debate se prolongou nas redes sociais, onde adeptos da ministra agrediam verbalmente sem qualquer conteúdo político e até baixando o nível em caráter pessoal a senadora, e o outro de simpatizantes e fãs
da senadora que a defendiam com argumentos políticos e mostravam solidariedade a mesma.
Entidades sociais e organizações populares, como centrais sindicais, grupos de direitos humanos, de anistiados, ecologistas, movimentos ligados as igrejas, tanto católicos como evangélicos e principalmente grupos de defesa dos direitos LGBTs e grupos de mulheres partiram para apoiar a senadora Leila Barros que terminou por virar a interlocutora nacional e o contra ponto a Damares Alves em todo o Brasil.
A senadora recebeu apoio e solidariedade inclusive de entidades internacionais, que a conhecem mundialmente, desde quando defendia a camisa da seleção brasileira de vôlei.
Fonte: TIMES BRASILIA